domingo, 22 de maio de 2011

Transformando a visão em ação. 1 Parte

Texto: Atos 13. 1-4:
Tema: Transformando a visão em ação.
Introdução: Eu tive a grata satisfação de participar, de uma conferencia missionária onde o Reverendo Aurivan Marinho foi um dos preletores. E ele fez uma explanação sobre missões no livro de Atos dos Apóstolos que fez a diferença naquela tarde para todos os presentes! Aqui eu gostaria de reconhecer o excelente trabalho que esta sendo desenvolvido pelo Rev. Aurivan Marinho como presidente da Aliança das igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil. E agradecê-lo pelo incentivo e apoio que ele sempre tem me dado em meu ministério como plantador de igrejas!   
Meus irmãos eu acredito que há quatro divisores de águas aqui em Atos dos apóstolos com relação à obra missionária, e digo que são os seguintes:

1º A dispersão. No capitulo de numero 8 posterior a morte de Estevão no versículo de número 4 eu encontro o seguinte: “mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra”. Na medida em que essa gente é empurrada para fora das fronteiras de Jerusalém, parece que eles não conseguem se conter, de alguma maneira eles falam, pelo poder do Espírito é claro. E então a palavra vai transcendendo as fronteiras da própria Jerusalém e chegando a Samaria. Portanto esse é um elemento fundamental para a expansão da obra missionária em Atos dos apóstolos, a dispersão. O que eu chamaria de a estratégia do Espírito, por mais contraditório que seja essa perseguição não é um acaso, mais soberanamente Deus se utiliza para propagar a sua palavra.
           
2º A conversão de Saulo no capitulo 9.  Isso porque Deus se utiliza de um perseguidor para transformá-lo num missionário perseguido. E uma vez levantado por Deus, Saulo vai definitivamente determinar um novo rumo na ação missionária pela graça de Deus.

3º A Conversão de Cornélio. Na visão de Pedro, Deus não ia salvar Gentio, Deus jamais ia se interessar por aquela gente, pois para os judeus ela era considerada imunda, mas até que Deus se revelou a Pedro e disse que ele não podia tornar imundo aquilo que Deus tinha purificado. Até então Pedro pensava que era mais Santo do que Deus, por que Deus ta dizendo no versículo 13 do capítulo 10 “Levanta-te Pedro! Mata e come”, ao que Pedro responde: “De modo nenhum, Senhor! Porque eu sou santo e puro, não posso comer desse negocio ai não”, só depois ele entende que o que Deus ta dizendo é que ele quer salvar também pecadores gentios.

4º O surgimento da igreja de Antioquia. Por que essa é a primeira igreja necessariamente missionária, e essa igreja começa aqui no capitulo de numero 11. E no capitulo 13 nós vamos observar que Paulo e Barnabé estão sendo separados para uma grande obra. A igreja de Antioquia é a primeira ação organizada de que se tem noticias, antigamente era tudo muito individual, alguém era expulso daqui, alguém era perseguido dali, outro sozinho pelo Espírito ia por ali. Agora não, é uma igreja que diante de um planejamento do Espírito esta se levantando pra fazer missões. Há três questões que podemos abordar a luz desse texto e a luz do tema que é Transformando a visão em ação.

O primeiro é que a gente precisa formar a visão. Ninguém transforma visão em ação sem que antes tenha a visão, esse é o ponto de partida. Precisamos por tanto, avaliar como foi que a igreja de Antioquia chegou a essa visão missionária.

Segundo. Como nós podemos transformar a visão em ação a partir da igreja. Como é que a igreja lá dentro da sua estrutura eclesiástica transforma a visão que ela tem em ação missionária?

Terceiro. Como a gente transforma a visão em ação no campo. Muitas vezes a gente tem a visão aqui na igreja mas quando chega no campo, volta porque a visão não se revelou eficaz. Primeiro aspecto da formação dessa visão, o que é que esta precedendo a visão de Antioquia? O que é que está acontecendo que posteriormente vai formar a visão de Antioquia? Antioquia forma sua visão com base em que?

I. Uma visão dos atos redentores de Deus.
Eu não acredito que exista obra missionária sem que a igreja resgate a visão dos atos redentores de Deus na história. Somente uma igreja que crê que Deus é redentor tem a capacidade, tem a ousadia, tem a confiança pra sair e pra fazer missões, e essa igreja nasce dentro de uma visão que está muito claro em Atos dos apóstolos, uma visão que se caracteriza por dois grandes eventos, a morte de Cristo e a descida do Espírito Santo no dia de pentecostes. Com base na visão que essa igreja tem da cruz torna-se capaz de morrer por Cristo. Nós encontramos vários exemplos de gente aqui que está sendo perseguida, de gente que esta morrendo, mais que não esta relutando por que acredita numa coisa, o Cristo que morreu ele vive, ele ressuscitou, ele esta a direita de Deus eles acreditam que a morte de Cristo na cruz não foi um martírio, que a morte de Cristo tem um efeito redentor, e quando você olha para as pregações em Atos: a de Pedro no capitulo 2, 3 e 4, e por ai vai, você vai perceber que a visão da cruz, a visão de ressurreição, a visão da entronização, a visão de que Cristo foi assunto aos céus e está a direita de Deus, isso determina a caminhada da igreja. Essa gente não estaria disposta a morrer por alguém que estivesse morto, a razão por que eles estão dispostos a morrerem é por que eles crêem que o Cristo que morreu vive, e se ele vive é porque ele não era um homem comum, ele é o filho do Deus vivo, e como ele é o Filho do Deus vivo convém que eles sejam capazes da dar a vida por esse Cristo que morreu por eles. E por tanto isso é determinante para a ação dessa igreja, eles olham para a cruz e percebe que é a maior revelação da fraqueza do homem exposta em Deus, toda fraqueza que você possa imaginar no homem se revela em Deus na cruz do calvário. Ali totalmente dependente, totalmente humilhado, totalmente entregue, totalmente coberto do pecado humano na medida em que ele assume a condição humana e substutivamente toma o nosso lugar, eles olham pra Jesus e vê a fraqueza deles exposta na vida de Jesus, na morte de Jesus. Mais por outro lado eles vêem esse Jesus ressuscitar, e eles vêem o poder de Deus se revelando na fraqueza do homem, e eles acreditam nessas coisas e pregam isso com convicção, e eles vão até as ultimas conseqüências. Mais ai há um outro episódio, nada disso seria suficiente se eles permanecessem amedrontados, acovardados, sem saber o que fazer, ai vem o dia de pentecostes, e o Espírito Santo desce, e quando o Espírito Santo desce o poder de Deus se revela na fraqueza desses homens. Porque se a fraqueza deles havia se revelado em Deus, agora o poder de Deus se revela na fraqueza deles, e eles se levantam pra dizer que não estão embriagados, mais que é o poder do Espírito Santo, é a profecia de Joel que está se cumprindo, e que finalmente, eles agora são capazes de entender a cruz, são capazes de entender a mensagem do calvário e de proclamá-la com coragem e ousadia. É por causa desse poder que aos poucos vai se construindo a visão, de que se o poder de Deus se manifestou na fraqueza do homem, se o Espírito Santo desceu como sinal de que Jesus ressuscitou e está assentado a direita de Deus, então eles não podem se calar, eles tem que pregar e não só em Jerusalém mas, em Samaria,  na Judéia, e finalmente eles entendem que se o poder de Deus se revelou na fraqueza deles, eles tem que pregar ate os confins da terra. É daí que nasce a visão plena e universal de que essa mensagem tem que ser pregada pra todos, é em função da compreensão do significado da morte de Cristo e da descida do Espírito Santo. Estou certo de que, esses dois atos verticais, a subida de Cristo, a descida do Espírito Santo, desemboca em expansão, horizontaliza de maneira extraordinária por que se Cristo subiu é por que ele ressuscitou, se o Espírito Santo desceu é por que ele tem algo para realizar aqui, e, portanto, a obra objetiva da salvação realizada na cruz ganha subjetividade no coração do homem gerado pelo Espírito Santo, mas também ganha objetividade outra vez na medida em que essas pessoas cheias do Espírito Santo saem para pregar, saem para proclamar, saem para realizar as obras de Deus. Há um segundo aspecto que precede a visão missionária da igreja de Antioquia.
Mais esse aspecto vocês irão ver na próxima postagem!
Pb. João Batista de Lima

Um comentário:

  1. Ótima postagem!!

    Se há algo que mexe com meu coração, é quando me deparo com este tema "Missões". No meu tempo de pentecostal eu vendi tudo que tinha, e parti para Camboriú SC, pensava eu que lá existia pessoas compromissadas com o Reino do Senhor, que decepção (falo do G.M.U.H.).

    Após chegar naquele lugar famoso reconhecido pelos pentecas, como o celeiro das Missões, fui informado que sem $$$$ eu não podia ser enviado nem para ajudante de faxineiro para missionários.

    Eu que era pentecostal, já a alguns anos e desempenhava um trabalho de evangelismo daquele mesmo ministério , fui mandado embora, por que não tinha $$$$. Essa foi a minha primeira aula na caminhada da fé, para descobrir que a verdadeira obra missionária não é aquela vendida pelas revistas,jornais,televisão,ou radio. A verdadeira obra missionária, é aquela que é desconhecida pela maioria dos homens, mas auxiliada por Deus, é aquela que não sobrevive do dinheiro do mundo, mas da riqueza do altissímo, é aquela que não reúne multidões, mas sim escolhidos!!

    Que o Senhor Deus continue levantando, pessoas como você João Batista Lima, para incentivarem outros a levarem esta bendita palavra!!

    Paz e graça.

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